Temas de Redação

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TEMA 1

 

            Altruísmo: palavra percebida, muitas vezes, como sinônimo de solidariedade; foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam as pessoas a dedicarem-se a outras. Esse conceito seria uma oposição ao egoísmo. (Trecho adaptado a partir de verbete da Wikipédia).

            O altruísmo, então, constitui-se como algo desinteressado, um ato de alguém que não espera nada em troca. Uma ação altruísta não recebe nada de volta, não tem benefício algum. Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros são exemplos de pessoas que dedicaram suas vidas ao próximo.

            Mas será mesmo que uma ação altruísta é algo totalmente desinteressado?

            O biólogo Michael Ghiselin afirmou, em 1974, com humor negro e daninho: “Arranhe um altruísta, e você verá um egoísta sangrar”. O filósofo Nietzsche desconfia integralmente de pessoas que tem esses “impulsos desinteressados”, que fazem o “bem” sem receber nada em troca. Não receberia nada em troca alguém que dá comida a um mendigo, por exemplo? O simples prazer do ato, a sensação de ter feito algo “bom” já não bastaria para retirar do altruísmo a idéia de: “não receber nada em troca”. Fazemos alguma coisa, qualquer coisa, por outra pessoa, se não nos sentimos bem com isso? Fazemos alguma coisa, qualquer coisa, se não houver – de nossa parte – o mínimo interesse pessoal em um determinado ato?

            A partir disso, sua redação versará sobre o seguinte tópico:

            EXISTEM AÇÕES REALMENTE ALTRUÍSTAS OU TODOS OS NOSSOS ATOS SÃO, DE ALGUMA FORMA, EGOÍSTAS?

(Tema por Tiago Martins)

 

 TEMA 2

A Revolução Sexual

 

        De todos os fenômenos de natureza social e cultural que afetaram o comportamento nas sociedades ocidentais durante o século XX, o mais importante foi a chamada Revolução Sexual. Tal revolução começou, primeiro, no plano teórico, com as idéias de Sigmund Freud, Herbert Marcuse, Alfred Kinsey etc. Mas ela só ganhou verdadeiro significado para a civilização ocidental quando atingiu grandes segmentos da população, modificando a mentalidade e, principalmente, o comportamento das pessoas. (https://camanarede.terra.com.br/rev/rev_02.htm)

          O termo "revolução sexual" é comumente usado para descrever o movimento sócio-político testemunhado entre meados dos anos 1960 e início dos anos 1970. As mudanças estavam no ar e foram o estopim dos eventos que marcaram Maio de 68; eventos que tiveram início quando alguns estudantes da Universidade de Nanterre exigiram o direito de dormir juntos nos dormitórios do campus. A partir daí, surgiram novos códigos comportamentais relacionados à sexualidade em todo o mundo. (Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/revolucaosexual )

 

          As mudanças foram consideráveis: a derrubada de práticas obscurantistas, como o tabu da virgindade, a justificação de crimes passionais em nome da honra e outras aberrações de comportamento do mesmo quilate. O uso de métodos contraceptivos como a pílula e a camisinha foram disseminados com maior força, as mulheres passaram a exigir direitos que antes não tinham (direito à educação, à salários iguais, à cargos iguais etc) e a copulação e procriação, duas experiências que costumavam andar juntas, foram separadas. Sexo, agora, não tinha mais relação direta com amor, como outrora.

          Mas nem tudo mudou tanto assim, não ficou tão livre assim. “Os padrões mudam, mas a verdade é que sempre seguimos alguma regra”, diz a psicóloga Elizabeth Daibleu. A forma como a lei hoje encara a prostituição, o aborto e até mesmo certas práticas sexuais na maioria dos países não mudou muito desde 1968.

         Algumas coisas, então, ainda são padrão, ainda são vistas por muito como imprescindíveis: um homem e uma mulher devem constituir uma família, ter filhos; homens e mulheres solteiros, depois de uma certa idade são vistos com certa estranheza, casais do mesmo sexo são vistos, também, com estranheza e sexo pelo sexo, sem amor no meio, ainda pode ser visto como “pecado”.

         A partir dessa contextualização, componha um texto dissertativo que discuta: uma revolução sexual é justificada, a renovação desses valores é importante, ou existem alguns aspectos do comportamento sexual humano que não devem ser modificados?

(Tema por Tiago Martins)

 

TEMA 3

 

           Em todas as épocas, em cada país, em diversas civilizações existe um algo permanente: são as convenções. Os padrões seguidos pela maioria das pessoas que compõem determinada sociedade. Não se fala aqui, no entanto, de convenções sociais, aquelas seguidas por todos para um melhor convívio em sociedade, mas sim em padrão de vida, em modo de pensar, de agir, etc.

            Na Grécia Antiga, as mulheres não tinham importância nem direito de voto, o homossexualismo não era polêmico como é hoje e a monogamia não era algo muito comum. Durante a Idade Média, o sexo só servia para a reprodução da espécie. O homem deveria ter relações sexuais com a esposa, mas tinha – como bom cristão – de evitar sentir prazer durante o ato, do contrário estaria pecando, indo contra a convenção da época.

            Hoje o mundo é muito mais imperativo, podemos ter contato com estilos de vida de toda a esfera terrestre, pela televisão, pela Internet, pelos jornais. Quais seriam as convenções do nosso tão globalizado século XXI? Seguir as tendências da moda, ter o corpo perfeito dos modelos e das modelos? Sonhar com a fama e com o dinheiro? O que é ser convencional? Estaria a resposta apenas nesses conceitos concretos?

            Ser convencional, seguir a tradição de uma época, pode ser algo um pouco mais subjetivo. Pensar como todos pensam, acreditar no que todos acreditam, isso também entra em jogo. Ver a novela das oito junto com 90% dos brasileiros, ter a opinião “própria” formada pela mídia, ouvir as músicas que nos “mandam” ouvir. Tudo isso talvez entre no jogo do convencionalismo, aquilo que é o padrão no tempo em que vivemos.

            Mas todos os padrões, todas as convenções seriam ruins apenas pois são padrões ou teríamos um lado positivo em tudo isso?

            A partir dessas idéias, e com argumentos bons e originais, procure estabelecer para você mesmo o conceito de “convencional” e responda a pergunta: SER OU NÂO SER CONVENCIONAL, O QUE É MELHOR?

 (Tema por Tiago Martins)

 TEMA 4

Pesquisa indica que carioca é o campeão do sexo sem compromisso.

 

      Pelo jeito é só no dicionário que sexo vem depois do amor. Uma pesquisa que mapeou o comportamento do brasileiro na cama mostrou que eles estão fazendo cada vez mais sexo sem se preocupar em ter um envolvimento afetivo com o parceiro. Dos homens entrevistados, 75,8% confessaram que colocam amor e sexo em lados separados da cama. Os cariocas foram os campeões: 82,7% deles afirmam que transam muito e sem qualquer compromisso numa boa.

       Já os paulistanos parecem não estar tão satisfeitos assim na cama. Tanto os homens quanto as mulheres de São Paulo tiveram os índices baixos: 25,4% e 29,1%, respectivamente, classificaram a satisfação com a vida sexual entre regular e péssima.

Os dados sobre o comportamento sexual do brasileiro foram revelados na pesquisa Mosaico Brasil. Coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade (ProSex) do Hospital das Clínicas de São Paulo, o levantamento ouviu mais de 8.200 brasileiros de dez capitais.

       Uma explicação para esta insatisfação, principalmente entre as paulistanas, é que elas admitem que gostam e valorizam o sexo, mas não conseguem praticar tanto quanto gostariam por causa de fatores como estresse e a falta de tempo - diz Carmita.

       As mulheres de Manaus e de Curitiba são as mais insatisfeitas em relação ao sexo. Já as de Porto Alegre e de Fortaleza são as que menos reclamaram de sua vida sexual.

       A pesquisa mostra as semelhanças e as diferenças de opiniões entre homens e mulheres sobre sexo e afeto, em um país marcado pela diversidade de hábitos e costumes regionais - afirmou João Fittipaldi, diretor médico da Pfizer.

       De acordo com o estudo, mais de 95% das mulheres e dos homens acreditam que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal.

      A pesquisa revelou alguns dados curiosos. Os mineirinhos, com aquela fama de "come quieto", são os que têm mais relações sexuais por semana. São quatro vezes. O detalhe é que eles ainda querem mais. Para os entrevistados, o ideal de consumo seriam 8 relações por semana, mais de uma por dia.

      Na hora H, as gaúchas são as que mais têm orgasmos (83,6%), enquanto as mulheres de Cuiabá são as que menos atingem o clímax (1,3%).

      Não há dúvidas que o comportamento sexual de homens e mulheres é diferente; por uma série de fatores hormonais e por uma série de ligações diferentes no cérebro as mulheres acabam se envolvendo mais do que os homens ao manter relações sexuais. Apesar disso, o fato é que a relação entre sexo e amor ainda é um tabu na sociedade de muitos países.

        Em sua opinião, sexo e amor têm de obrigatoriamente ser uma coisa só? É “errado” ter relações sexuais sem estar envolvido com a pessoa ou às vezes com quem nem conhecemos?

 (Tema por Tiago Martins)

TEMA 5

 

“Nossa história será o que fizermos dela. Se houver historiadores daqui a cinquenta ou cem anos e tiverem sido preservados filmes de uma semana de nossas redes de televisão, eles irão encontrar gravadas em preto e branco, ou cor, provas da decadência, escapismo e alienação das realidades do mundo em que vivemos. Eu chamo sua atenção para a grade de programação de todas as emissoras no horário de 8 a 11 da noite, na Costa Leste (Estados Unidos). Vocês encontrarão apenas referências passageiras e espasmódicas ao fato de que esta nação está em perigo mortal. Há, é verdade, programas informativos ocasionais apresentados no gueto intelectual das tardes de domingo. Mas durante os períodos de pico diários, a televisão nos isola das realidades do mundo em que vivemos. Se as coisas continuarem assim, nós talvez tenhamos que alterar um slogan publicitário para ler: OLHE AGORA, PAGUE DEPOIS”.

 

            Essas palavras são do jornalista americano Edward Murrow, em um discurso dado em 1958 em função de uma homenagem que recebeu da Associação dos Diretores de Rádio e Telejornalismo. Murrow alerta para a condição e para o papel da televisão, que naquela época apresentava programas de entretenimento cada vez mais preocupados em conseguir elevados índices de audiência e, também, preocupados em divertir o público. 

            A realidade do discurso do jornalista ainda se faz presente hoje. Se observarmos os programas do horário nobre das redes de televisão no Brasil encontraremos programas que têm a função de divertir e entreter.

            Essa função é importante? Você acha que deveria ser (deveria continuar sendo) a principal função da televisão? Devemos entender profundamente a realidade e estar atentos, sempre, a seus problemas ou vivemos num mundo tão cheio de tragédias e acontecimentos incompreensíveis que devemos assistir filmes, novelas e programas que nos deixem mais felizes ao invés de tristes?

            Murrow, em seu discurso imagina se por: “uma determinada noite de domingo o horário normalmente ocupado por Ed Sullivan (programa de entretenimento americano) seja entregue a uma pesquisa sobre o estado da educação americana, e uma semana ou duas depois o horário normalmente usado por Steve Allen (programa de entretenimento) seja dedicado a um estudo aprofundado sobre a política americana no Oriente Médio”.

             A partir das ideias deste jornalista você vai construir suas próprias, posicionando-se em relação a esta realidade:

            Você acharia importante estar atento à realidade histórica, política, social, filosófica, científica mundial através da televisão ou isso seria incômodo e você preferiria programas de entretenimento que aliviassem a nossa realidade, tão cruel e alarmante?

           

Suas opiniões deverão ter argumentos para convencer o leitor de que são válidas.

(Tema por Tiago Martins)